terça-feira, 19 de agosto de 2008

Tietagem, consulado e etc.

Então, essa foto aí abaixo era só uma "comemoração" de quando eu soube que Irène Jacob, minha musa absoluta, estaria no cineclube do(ou "da"?) Maison de France debatendo o fodasso "Rouge" do Kieslowski. Ver o filme em 35mm foi outra coisa, exceto pelas risadas desnecessárias das coroas que não tinham nada melhor pra fazer e lotaram o teatro. Pois bem, lá estava ela ao palco, maravilhosamente linda e respondendo as perguntas idiotas que ela só saberia responder se tivesse baixando o espírito do velho polaco rabugento.

Me surpreendi bastante com a estrutura deles (que é agregada ao Consulado da França), ainda mais que suporta um cineclube com 2 longas semanalmente. Pena que cinema francês é pra viadinho (no bom sentido). O consulado italiano é na mesma calçada, à alguns passos, e não tem 1/5 da estrutura deles. Aliás, creio que não desenvolvam nada relacionado a cinema por lá, o que é um puta desperdício.

Mas voltando: me senti uma tiete do KLB (ou do Bruno Gagliasso, como preferirem) quando a muié passou do meu lado e eu tirei da mochila a capa do "La Double Vie de Verònique" e uma caneta dessas de marcar cd. Ganhei um rabisco e um sorriso. Ui.

Já adorava o filme, mas cresceu muito nessa revisão. Não faz muito tempo, saiu pela Spectra e é facilmente encontrado por R$12,90 nas Americanas. Só não sei dizer como tá a imagem - a minha Trilogia das Cores é a da Versátil, cristalina e cheia de extras. Falando no Kieslowski, lembrei agora que a primeira sessão que fizemos no Goteira (antes de ter o nome) foi com "Não Matarás", filmão do cabra. Esse ganhou versão recente em dvd numa dessas distribuidoras vagabundas e hyper-caras, vale mais a pena baixar.

A foto que ilustra é a contracapa do dvd com o rabisco da nêga. Aliás, uma das melhores imagens do filme: Verònique distorcendo o mundo e o próprio reflexo olhando através da esfera... (essa conclusão comprova a tese do "viadinho").