quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Domínio de Peckinpah

Por uma sugestão às cegas (sério!) acabei revendo "Sob o Domínio do Medo", filmão dirigido pelo Sam Peckinpah em 71. Acho que é a quinta revisão que faço, mas o filme nunca me pareceu tão forte como agora. Tenho aqui também o romance do Gordon Williams que deu origem ao filme (paguei 1 real). Tava dando umas folheadas e acabei reforçando a idéia de que ninguém mais consegue criar o clima de tensão que esse filme tem.

Dentro do contexto: chega um americano com sua mulher gostosa numa cidadezinha inglesa, em busca de paz e tranqüilidade. Uns nativos macabros começam a tarar a mulher (pudera, anda sem sutiã.. uma maravilha...) e "intimar" o recém chegado, criando um puta clima de medo e insegurança. Até que essa tensão explode e dá passagem a uns dos 20min finais mais empolgantes que eu já vi no cinema.

Pois bem, toda aquela "violência nua e crua" que costumam associar ao Peckinpah pouco importa nesse exemplar. Parece que, dessa vez, ele prefere trabalhar essa violência como fruto de algo – de um acúmulo. E é na construção dessa justificativa que o diretor se sobressai. No romance, os tais 20 minutos explosivos tomam quase metade do livro. Pelo que lembro, se já não há muita tensão, esse momento final (onde o cara protege sua casa da invasão dos nativos) não chega a empolgar.

Aí que tá a graça. Toda aquela violência estilizada (há uma morte em armadilha de caçar urso, tiro no próprio pé, óleo quente voador e etc) não é forte por ser cruel ou no famoso formato câmera lenta do autor, e sim por fazer parte de um contexto narrativo que faz daquilo uma espécie de libertação, de necessidade. Mas, realmente, em filmes do cara como “Meu Ódio Será Sua Herança”, “Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia” e “Os Implacáveis” a justificativa da violência está simplesmente na ambição – por mais que fatores paralelos tornem essa mais ou menos enfática.

"Dustin Hoffman tá parecendo um Beatle"

Tem boa edição em DVD nacional, pela Europa Editora. Provavelmente ta fora de catálogo, mas ainda se encontra perdido por aí por não mais que 20 reais. O livro, só em sebos. Na estante virtualº o mais barato ta 7 e o mais caro ta 10 reais.

domingo, 7 de setembro de 2008

Amador

Hoje, finalmente, vi um filme do Kieslowski que sempre quis ver, "Amador". Cinema sobre cinema me agrada muito, e em primeiro momento pretendia escrever sobre isso, mas acho que vale mais a pena fazer outra coisa. O filme é basicamente o seguinte: um casal bonitinho e aparentemente feliz acaba de ter uma filha. O pai, bigodudo boa-praça, compra uma filmadora 8mm pra registrar os momentos do bebê.  Mas depois de usar a câmera para fazer um filme à pedido da empresa onde trabalha, o cara fica viciado em filmar. Viciado mesmo, quer sair filmando tudo, qualquer coisa; aí tem um esquema dele se afastar da criança e da mulher, mas isso não importa agora.

Só quero considerar que, apesar do título, o próprio filme compartilha minha opinião sobre "cinema amador". Pra mim, isso não existe. Aliás, não existe amadorismo na arte. Talvez por existir escolas de cinema, de música e etc, cria-se uma idéia de profissionalismo que é completamente falsa. E onde tem "profissional", tem "amador", termo extremamente pejorativo pra pessoas sem formação ou sem experiência. Mas no fundo, o próprio fazer artístico "inexperiente" só mostra que aquilo não é feito por conveniência. Não?

Eu disse que não ia falar de cinema metalinguistico, eu sei, mas enfim... Esse tem um enfoque bem diferente da maioria deles. É uma abordagem pessoalista, que não se preocupa necessariamente com as "etapas de produção", e sim com a tara fílmica do bigode, mais ou menos como em "Barton Fink", dos irmãos Coen (nesse é um roteirista). Ok, "Noite Americana" é um filmaço e deixa qualquer um louco pra trabalhar num set, mas "Amador" afirma que qualquer pode (e deve) fazer o que quiser com uma câmera na mão (com ou sem idéia na cabeça, Sr. Glauber).

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

aopção

Há algum tempo, criamos uma espécie de cineclube numa comunidade bacana do orkut. Essa semana foi minha vez de postar, e pude compartilhar o maravilhoso "Aopção ou As Rosas da Estrada" do mestre Ozualdo Candeias. Essa nossa iniciativa tem como objetivo a troca de conhecimentos, o debate e todas essas coisas bregas e verdadeiras.

Quando eu e alguns amigos começamos o Goteira, cineclube que fazemos aqui em Mesquita, a idéia era justamente essa. O curioso é que "Aopção" (é junto mesmo, no sentido de "falta de opção") é um filme que eu nunca exibiria nesse cineclube, apesar da imensa vontade. O motivo é simples: estamos numa região carente até do básico, não posso chegar arrancando uma lasca de couro.

Pode até parecer contraditório, alguém diria: ora, mas então é bom que tenha esse tipo de coisa. Pois é, o problema é quem faz esse tipo de coisa. Nós já tentamos e demos de cara com sessões vazias e escrotas por inúmeras vezes... Passamos "O Signo do Caos" e ninguém abriu a boca, por exemplo. Manter essa atividade só não foi perda de tempo pois conseguimos comprovar a falta de interesse da região pelo tipo de atividade.

Mas as vezes penso que essa minha idéia de "compartilhar" é bem estúpida. Por exemplo, apesar das razoáveis visitas no blog (uso analytics), o texto abaixo sobre Adriano Stuart não recebeu nem um "realmente ele estava bem em tal filme". Ou não conhecem o cara, ou não querem conhecer. Ou as vezes quem tá por fora sou eu...

Agora o Goteira vai caminhando de leve, regido por "aopção". Ou é isso, o não é nada.

sábado, 23 de agosto de 2008

"Puta quêo pariu"

Falei com entusiasmo do desempenho de Adriano Stuart em "Encarnação do Demônio". Acabei com uma puta vontade de falar um pouco sobre ele, que dirigiu algumas pérolas entre os anos 70 e 80 e até hoje aparece atuando por aí.

Stuart já atuava na TV e pouquíssimo no cinema quando fez sua estréia na direção. Aliás, em 74 lá estava ele como o filho do capeta em "Exorcismo Negro", filmão do Mojica. Na direção, começou mesmo com a comédia episodiada chamada "Cada um dá o que tem" -- esse título porque eram três episódios dirigidos por caras diferentes, num duplo sentido bem comum na época.

Mas foi em 76 que ele pariu suas duas maravilhas: "Bacalhau" e "Kung Fu Contra as Bonecas". O primeiro é uma sátira debochada de "Tubarão", do Spielberg, onde o terrível Bacalhau da Guiné ataca o litoral de uma cidadezinha. O delegado contrata um "peixólogo" de Portugal (que é o próprio Stuart na foto lá em cima) pra tentar dar um jeito na coisa, mas o prefeito da cidade descarta todas as recomendações do especialista pra cidade não parar de gerar os lucros com turismo e etc. O segundo é uma espécie de sátira aos filmes de Kung Fu em geral, onde vemos Stuart distribuindo golpes insanos trajando uma camisetinha rosa e uma peruca estilo Bruce Lee. O legal é que os vilões são cangaceiros homossexuais que dominam a arte da capoeira, sem contar que o líder desses (portanto a bicha-mór) é interpretado por Maurício do Vale. Ele mesmo, o Antônio das Mortes dos filmes do Glauber...

Agora eu vou juntar os dois, já que são do mesmo período, com basicamente o mesmo elenco e a mesma linha do roteiro. Me impressiona muito a liberdade de humor de ambos, que não busca ser inteligente nem escrachada. Em geral, os textos são ingênuos e fazem uma ponte óbvia com as nossas velhas chanchadinhas, mesmo com um leve (muito, muito leve) tom de sacanagem em alguns momentos. Eu chamo o humor desses filmes de "humor tempero", já que na maior parte das vezes as gags e piadinhas são jogadas como "detalhes" dentro de um trecho linear. No vídeo que segue vocês vão perceber, ou as piadas saem na lata ou saem escondidas. OBS: relevem a abertura ridícula disso aí. Destaques para o velho Canarinho*, Dionísio Azevedo e o já citado Mauricio do Vale como o pescador. "E o meu diproma?".



Enfim, Stuart dirigiu ainda 5 longas dos Trapalhões (vi apenas dois e achei terríveis) além da série deles por um bom tempo. No nosso mercado, seu filme mais acessível é o infame e belo "Fofão e a Nave Sem Rumo", que destaco o texto do amigo Filipe Chamy (não confundir com o iogurte) pra Zingu!. Pra terem noção, vai um trecho da sinopse: "Nave espacial seqüestra duas crianças e o alienígena Fofão com o intuito de se apoderar da força implantada no seu nariz".

Nos trabalhos como ator, Stuart imprime um "tipão" hilário em qualquer situação. As interpretações são tão pessoais que imagino que se no roteiro tá escrito "nossa!", ele fala: "pouta que paêo, mas que merda!". Sem excessões. Ele tá muito bem nos filmes que fez com o Ugo Giorgetti (um dia escrevo sobre ele aqui), principalmente no "Festa" (obra-prima). Beto Brant, pra mim o maior talentoso dessa geração, usou Stuart em "Os Matadores" e deu a ele uma participação fe-no-me-nal em "Crime Delicado" (filme lindo, por sinal). Também está como um investigador no "Garotas do ABC", do Carlão... Enfim, desses aí só "Os Matadores" e "Festa" não estão por aí em DVD. Os outros do Giorgetti são "Boleiros"(o 1 e o 2) e "O Príncipe".

Chegou a dar as caras na minisérie "JK". Se eu não me engano, papel de corno... Mas enfim, quem assistir "Encarnação do Demônio" sem perceber que esse cara é um grande artista só pode ter algum problema. Vida longa ao homem. Depois tento um contato com ele, gostaria muito de saber se dirigiria mais alguma coisa....

* - Canarinho ganhou um dossiê na revista Zingu! Vale a pena dar uma olhada.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Tietagem, consulado e etc.

Então, essa foto aí abaixo era só uma "comemoração" de quando eu soube que Irène Jacob, minha musa absoluta, estaria no cineclube do(ou "da"?) Maison de France debatendo o fodasso "Rouge" do Kieslowski. Ver o filme em 35mm foi outra coisa, exceto pelas risadas desnecessárias das coroas que não tinham nada melhor pra fazer e lotaram o teatro. Pois bem, lá estava ela ao palco, maravilhosamente linda e respondendo as perguntas idiotas que ela só saberia responder se tivesse baixando o espírito do velho polaco rabugento.

Me surpreendi bastante com a estrutura deles (que é agregada ao Consulado da França), ainda mais que suporta um cineclube com 2 longas semanalmente. Pena que cinema francês é pra viadinho (no bom sentido). O consulado italiano é na mesma calçada, à alguns passos, e não tem 1/5 da estrutura deles. Aliás, creio que não desenvolvam nada relacionado a cinema por lá, o que é um puta desperdício.

Mas voltando: me senti uma tiete do KLB (ou do Bruno Gagliasso, como preferirem) quando a muié passou do meu lado e eu tirei da mochila a capa do "La Double Vie de Verònique" e uma caneta dessas de marcar cd. Ganhei um rabisco e um sorriso. Ui.

Já adorava o filme, mas cresceu muito nessa revisão. Não faz muito tempo, saiu pela Spectra e é facilmente encontrado por R$12,90 nas Americanas. Só não sei dizer como tá a imagem - a minha Trilogia das Cores é a da Versátil, cristalina e cheia de extras. Falando no Kieslowski, lembrei agora que a primeira sessão que fizemos no Goteira (antes de ter o nome) foi com "Não Matarás", filmão do cabra. Esse ganhou versão recente em dvd numa dessas distribuidoras vagabundas e hyper-caras, vale mais a pena baixar.

A foto que ilustra é a contracapa do dvd com o rabisco da nêga. Aliás, uma das melhores imagens do filme: Verònique distorcendo o mundo e o próprio reflexo olhando através da esfera... (essa conclusão comprova a tese do "viadinho").

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Imagens não morrem, capitão.

Acabei de ver que o novo filme do Mojica levou um sacode na bilheteria do fim de semana -- não tá nem entre os 10 primeiros. Não cabe especular aqui os motivos disso, são bem extensos, mas uma coisa eu afirmo na lata: não sabem o que estão perdendo.

Depois de tanto levar na bunda, Zé Mojica encontrou em fãs a possibilidade de terminar a tão sonhada trilogia iniciada em 64 com "À Meia Noite Levarei Sua Alma". Após passar aperto e fazer uns ótimos pornôs , extremamente subestimados, Mojica deixou Zé do Caixão se misturar demais às caixas de sucrilhos e tornou-se caricatura de si próprio. Aquela típica atração de Superpop e derivados.

Agora ele chega aos cinemas finalmente registrando o contraste entre o velho e o novo Zé. Aliás, grande parte dos acontecimentos de "Encarnação do Demônio" evocam um tom de nostalgia, um tom literalmente preto-e-branco que assombra a modernidade à cores. Esse contraste também é refletido na forma que percebemos o personagem como algo ultrapassado e ridículo no contexto atual. Ou seja, o passado o persegue tanto na narrativa quanto fora dela, em nossos olhares.

Deixando isso de lado, o filme faz coleção de deslumbres visuais pros fãs de gore e sangueira em geral. O curioso é que, como sempre, Mojica abre mão de efeitos visuais e mostra a violência crua na tela. Porém, aqui em Encarnação, apesar de uma boca ser costurada de verdade, o "torturador" toma o cuidado de usar luvas. Por outro lado, há uma penca de efeitos falsos que simulam uma realidade física, porém dentro de um universo lúdico, o que torna essas situações mais convincentes e aceitáveis.

No elenco ainda vemos a musa Helena Ignez como uma velha feiticeira, Jece Valadão brilhante e o mestre Adriano Stuart, completamente genial em todo o filme (desde já é antológica a cena em que Adriano Stuart conversa com a cabeça de Jece Valadão). Quase como figurantes, estão lá Satã e Mario Lima, antigos amigos e figurinhas fáceis durante toda a carreira do cineasta. Há também um esquadrão de mulheres gostosas que, pra nossa sorte, aparecem nuas e cheias de sangue!!!

No meio de gritos, montagens rápidas, colagens de filmes antigos, sangue e perversão, encontramos um monte de homenagens à antigas obras do cineasta. Não é difícil perceber que aqueles assustadores olhos negros que são constantes em Encarnação já têm um certo histórico com o cineasta. A própria estrutura narrativa "episodiada" lembra um pouco os outros filmes da série. Obviamente, está carregado de modernidade e dinheiro para ousar e extrapolar - o que chega a assustar. Mas no caso de Encarnação não há exageros.

Por mais que seja esse o fim de uma bela e longa trilogia, Zé do Caixão está registrado como a figura que hoje é e como permanecerá na lembrança de muitos. "Imagens não morrem, capitão" - diz Zé em uma altura do filme. Em outro momento: "Convicções se provam em atos, não em palavras". Pois se o ato do cineasta é o filme, o resto é resto. Alguém me empresta uma borracha?

sábado, 2 de agosto de 2008

Síndrome de Closer.

Hoje assisti por acaso o último filme do china que já me deu alegria, Wong Kar Wai. "Amor à flor da pele" tá entre meus favoritos da década, mas esse "Um beijo roubado" é absolutamente descartável. É mais um daqueles filmes que mais parecem a programação da mtv: gente falando, videoclipe, gente falando, videoclipe... Fazer isso sem necessidade pode até ser interessante, principalmente se tiver mulher pelada, mas aqui os clipes apenas tornam o filme redundante.

Vamos lá: Fulana (Norah Jones) leva um chifre e começa a se lamentar diariamente no ombrinho do Jude Law, solteiro na pista. Os dois ficam lá sentados no bar, sozinhos, falando frases de efeito e comendo torta. Como já disse, diariamente. Não precisa ser nenhum gênio pra saber onde isso vai dar. Pois bem, é aí que a imagem fica em câmera lenta, uma musiquinha do calibre de "all you need is love" surge ao fundo e os dois se abraçam, enquanto a câmera passa por trás de algum objeto fashion. E isso dura no mínimo metade da música. Eis a fórmula do filme inteiro. A maioria dessas "peças musicais" só servem pra isso: dizer o que já fora dito.

No mais, é um exemplo dessa tendência de filmes auto-ajuda para casais bobos, bichas e garotinhas que escrevem "Bruno Gagliasso" no diário. Nem preciso comentar que nem Rachel Weisz nem Natalie Portman pagam peitinho. Hollywood devia deixar o Kar Wai de lado e importar Tinto Brass -- ele sim saberia usar muito bem essas duas!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Antônio Luiz, barãozinho.

Pra começar o blog sendo contraditório (nem tanto), vou evitar o fato de falar merda sobre um filme qualquer e indicar um livro bacana pra quem se interessa por spaghetti, gialli e etc.

Três caras se juntaram e resolveram biografar o "brasileiro" Anthony Steffen, ator de diversas pérolas do cinema B italiano. No IMDb, constam 67 títulos na carreira, sendo 24 deles entre 1964 e 70, período auge do spaghetti western.
Mas o bacana é que Steffen acompanhou todo o momento "fértil" da cultura cinematográfica italiana, pegando desde desastrosos épicos (que usavam sobras de cenários das produções norte-americanas rodadas na Itália) aos maravilhosos filmes de exploração sexual de mulheres presas, os famosos WIP. Em função disso, o livro é obrigado a parar e explicar todo um contexto do cinema mundial e seu reflexo na situação italiana, para então mostrar onde Steffen estava se metendo.

Assim, o livro ultrapassa o campo biográfico e (talvez) se torna o maior registro sobre o cinema popular italiano encontrado no Brasil. Além disso, nas páginas finais há a relação de todos os filmes citados na obra (são muitos) e informações adicionais sobre sua disponibilidade no Brasil. É lindo.

Lí de uma vez só, enquanto estava numa fila. E o bizarro é que eu era o primeiro da fila, mas isso é outra história.

Foto roubada do livro. Tem pouquíssima coisa do cabra na internet...

Daniel Camargo, Fábio Vellozo e Rodrigo Pereira.
"Anthony Steffen - A saga do brasileiro que se tornou astro do bangue-bangue à italiana".
Matrix Editora, 2007.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Mais uma vez

Já tentei manter alguns blogs pra falar de cinema, mas eu sempre enjoava de ficar escrevendo com certa regularidade e etc. Mas nesse aqui a coisa será diferente. Vou escrevendo o que tiver vontade, quando tiver vontade.

O título é referência óbvia ao primeiro western do grande Sergio Leone, filme que deu origem ao belo subgênero do spaghetti western. Aliás, o título não me deixa mentir: serão constantes os posts falando de cinema popular italiano. Ou não.

Enfim, breve postarei algo pra valer por aqui. E ilustrei esse post com o título de "Yojimbo", afinal, sem ele o filme do Leone não existiria.